Presidente do Equador diz que Equador vive ‘estado de guerra’ contra grupos terroristas; país tem ruas desertas e clima de medo

O presidente Daniel Noboa, do Equador, afirmou nesta quarta-feira (10) que o país está em “estado de guerra” com grupos terroristas. As cidades do país passam por um dia atípico, com aulas suspensas, pouco trânsito, ruas vazias e comércio fechado.

A uma rádio, Noboa disse que, para os criminosos, seria interessante que o governo classificasse as 22 facções que atuam no país como organizações criminosas, e não como terroristas.

“Vivemos em um estado de conflito, um estado de guerra [e nesse caso] se aplicam outras leis, aplica-se também o direito humanitário internacional, que é diferente do direito comum do Equador”, afirmou.

Como terroristas, os criminosos passam a ser alvos militares, disse o presidente.

Mais de 130 agentes penitenciários e outros funcionários eram mantidos como reféns por detentos em pelo menos cinco prisões.

Ruas desertas

As maiores cidades do país viveram dias atípicos. Em todo país as aulas presenciais foram suspensas e a rede pública de saúde interrompeu as consultas.

Em Quito, centenas de militares faziam a segurança nas ruas ao redor redor do palácio do governo, no centro da cidade. O parque La Carolina, o maior de Quito, ficou vazio.

Tanto em Quito como em Guayaquil o tráfego de carros foi muito diminuído, e lojas não abriram as portas.

O ataque em Guayaquil à sede do canal TC Televisión na terça-feira aumentou o pânico entre a população, que rapidamente saiu das ruas para se proteger em suas casas.

Estrangeiros presos serão deportados
Noboa afirmou que o país vai começar a deportar estrangeiros presos em cadeias do Equador. A medida é uma tentativa de reduzir o tamanho da população carcerária.

De acordo com ele, há 1.500 colombianos presos no Equador. A grande maioria (90%) dos estrangeiros no sistema prisional equatoriano são dos seguintes países:

Colômbia,
Peru,
Venezuela.

Texto baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente por jornalistas ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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